sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Queimando etapas mas terminando em tempo!

A Marília Moscou, do Mulher Alternativa e também da lista e do blog Blogueiras Feministas, lançou um meme comemorativo do primeiro aniversário do blog coletivo. Eu comecei certinho, mas acabei me enrolando com mudança e trabalho e blablabla whiskas sache... e me atrasei! Então hoje, vou postar os seis de uma vez!


Dia 1 - Quem foi a primeira blogueira feminista que você se lembra de

Dia 2 - Que blogueira feminista você ainda não conhece pessoalmente e
gostaria de conhecer?

A lista começou antes do segundo turno da eleição presidencial do ano passado, na qual foi eleita Dilma Roussef, a primeira presidenta do Brasil.
Eu já conhecia a Cynthia, e através do Twitter, que comecei a usar ativamente em meados de 2010, conheci também outras pessoas de BH que estavam participando da campanha. No dia 23 de outubro de 2010, participei de um evento da campanha, o “abraço da Contorno”, com eleitores de Dilma.
Pouco depois, entrei para a lista das Blogueiras Feministas.
E então, descobri o ser humano fantástico que é a Bianca Cardoso.
Mais jovem que eu em idade. Mas com uma sabedoria que ultrapassa qualquer medida. Sabedoria de saber a hora de intervir e a hora de deixar fluir. Sabedoria de dizer o que precisa ser dito, quando é preciso ser dito. E deixar fluir.
A experiência de um grupo autogestionado é nova pra mim, e pra mais gente, acredito, e acho que entre todas as pessoas fantásticas do grupo, quase 500, ninguém seria tão fenomenal no papel de moderadora da lista e editora do blog coletivo.
Sei também que a sobrecarregamos, claro, e sei que precisamos crescer e aprender a depender menos, e por isso, o agradecimento ENORME a você, Bianca Cardoso.

Ah, e devo dizer que não só conheci como dividi o quarto com essa moça!


Dia 3 - Qual o post que mais te surpreendeu ou apaixonou em nosso blog?

Vários me surpreenderam, vários me apaixonaram.

Os da Bárbara Lppes me dão uma sacudida, e trazem temas novos e nem tanto, mas com um olhar distinto.
Os da Cynthia, são fantásticos, especialmente os da série "Mitos do Feminismo". A "mulher" por trás do "mito".
Mas eu diria que o post da Luana sobre as mulheres negras foi um dos que me surpreendeu e me apaixonou, porque tirou a gente de uma zona de conforto, mas foi aquela sacudida necessária.

Dia 4 - Como você chegou até a lista e/ou até o blog? Através da Cynthia Semíramis

Graças à uma pós-graduação, escolhida meio ao acaso, tive a sorte de conhecer a Cynthia, e o resto, bem, o resto tá aqui...  nesse blog, no tt, na lista, no FB e principalmente, na vida.

Dia 5 - Como foi (ou como acha que será) o seu primeiro encontro ao vivo com uma BF?

Foi como encontrar uma grande amiga, que não via há tempos, mas com quem a conversa continua como se nunca houvesse sido interrompida.
A Cynthia eu já conhecia pessoalmente, mas não éramos próximas nem nada, só uma relação de professora-aluna, orientadora-orientanda.
Aqui em BH, combinamos de nos encontrar, e conheci a Rane, a Clarice, a Fernanda Marinho, a Lud Pizarro. Na marcha das Vadias, estivemos todas!

E em julho, raspei as milhas, juntei as malas e baixei em SP, especialmente para encontrar a Luciana Borboleta-Graúna-Gostosa Nepomuceno.
E foi bem do jeito que eu pensava, almas gêmeas e tudo mais... Conversa, cerveja, risada. Voltei pra BH com um sotaque cearense e uma vontade danada de trazer ela pros botecos de BH.
E, claro, além da Lu, ainda conheci, conversei e tomei cerveja com Bárbara-te-amo-pra-caraleo-Lopes, com a Bárbara Manoela, com a Iara, com a Marjorie, com a Deborah Sá, com a Mariana Rodrigues...
E foram como amigas lindas que fiquei um tempo sem ver e reencontrei!


Dia 6 - Qual a sua maior descoberta, em termos de feminismo, que veio pela lista ou pelo blog?



Não foi uma boa descoberta, mas foi necessária. Descobrir que o fato de sermos feministas não nos torna imunes a outras formas de manifestar opressão. A questão dos direitos humanos e também a questão da luta de classes, das empregadas domésticas e das mulheres negras. Queria que tudo viesse num pacote só, mas somos humanas e falíveis, ainda bem. Somos capazes de apreender e debater e crescer.
E sim, eu sou otimista, a maior parte do tempo, exceto quando sou pessimista e cética ao extremo na questão da natureza humana...

Dia 7 - Que assuntos você gostou mais de ver em nosso blog ou lista?

Ai, eu amo tudo!
Cada um me dá uma nova perspectiva, me abre uma nova possibilidade.
Os posts sobre psicanálise, os sobre a questão da informação e das redes, tantos aprendizados..
E os debates sobre psicanálise, sobre sociologia, os estudos, as fantásticas leituras que temos todos os dias, nossa, isso me encanta e me faz ter um pouquinho de fé na humanidade (lembrando que sou otimista mas sou cética tb, então, esse paradoxo é bem complicado pra mim de lidar... )






Bem, é isso!
Um ano de lista, um ano de blog coletivo.
Um ano de descobertas, carinho, risadas, cervejas virtuais e coletivas!
E o encontro ainda teve uma nova forma de revolução: a botecagem feminista!
Discutindo o futuro da humanidade em uma mesa de bar, onde sai de tudo!


Amo muito!



Também participaram do meme de aniversário a Luciana, a Rita e a Xênia, no FB.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Um ano, uma semana. Aniversário do Blogueiras Feministas


A Marília Moscou, do Mulher Alternativa e também da lista e do blog Blogueiras Feministas, lançou um meme comemorativo do primeiro aniversário do blog coletivo.


O meme da Marília tem sete itens, um para cada dia dessa semana, que inicia hoje, para mim, e que terá, amanhã e domingo, o 1º Encontro Nacional de Blogueiras Feministas, e lança o seguintes temas:

Dia 1 - Quem foi a primeira blogueira feminista que você se lembra de ter lido?
Dia 2 - Que blogueira feminista você ainda não conhece pessoalmente e gostaria de conhecer?
Dia 3 - Qual o post que mais te surpreendeu ou apaixonou em nosso blog?
Dia 4 - Como você chegou até a lista e/ou até o blog?
Dia 5 - Como foi (ou como acha que será) o seu primeiro encontro ao vivo com uma BF?
Dia 6 - Qual a sua maior descoberta, em termos de feminismo, que veio pela lista ou pelo blog?  
Dia 7 - Que assuntos você gostou mais de ver em nosso blog ou lista?  Por quê?

Eu começo agora, interrompendo mais ainda o meme já atrasado dos trinta livros em um mês (que vai se transformar em trinta livros em três meses...
Então, quem foi a primeira blogueira feminista que eu me lembro de ter lido?

Quem mais, senão ela? Cynthia Semíramis

Deixa eu contextualizar:
Estava eu fazendo uma pós-graduação latu sensu na ESDHC – Escola Superior Dom Helder Camara, em BH, sobre Segurança Pública e Polícia Comunitária. Maioria absoluta de homens, como é ainda nas carreiras e instituições ligadas diretamente à segurança pública, no Brasil.
Algumas aulas eram interessantes, outras, nem tanto. Alguns colegas eram bacanas, outros...

Eis que surge uma mulher, chamada Cynthia Semiramis, que iria ministrar a disciplina de metodologia. O ano era 2008. E eu tinha  só o Orkut como rede social.
O tirocínio policial de apurar quem eram os professores acometia a todos os alunos, e eu não fui exceção. Googlando, descobri o meu primeiro blog feminista.
E a partir dos links e das indicações, conheci o Luluzinha Camp. Fiquei louca para ir a um dos encontros, mas me senti intimidada.

E conheci a Lola. Aliás, o blog Escreva Lola, Escreva.
Nesse percurso, eu me arrisquei a começar um blog, despretensiosamente, em abril de 2010, este bloguinho aqui. Falando de tudo, e de nada. De sofrimento e de prazer. Dos grandes e dos pequenos, esses, de todo dia.

Quando me assumi uma blogueira feminista? Quando arrisquei participar do 4º Concurso do Escreva Lola Escreva, e falar sobre “A origem do meu feminismo”.
E o resto, bem, vocês sabem um pouco.
Graças ao blog eu me apaixonei, graças ao blog eu conheci gente fantástica, eu entrei para a lista, eu tive ajuda em momentos difíceis, de pessoas que se tornaram amigas mais do que queridas, amigas amadas mesmo. 

E não me canso de dizer: graças à Cynthia, que se tornou primeiro minha orientadora na monografia, e hoje, uma amiga querida.

A primeira blogueira feminista, e aquela que me ajudou a sair da bolha de desconforto sem nome na qual eu vivia. Hoje estou fora da bolha, e o desconforto é maior. Mas tem nome, e sei que tenho companhia nas grandes e pequenas batalhas do dia a dia, contra o machismo que mata, contra os preconceitos, contra a pequenez cotidiana.
Todos os dias me surpreendo (nem sempre pro bem, mas isso faz parte do aprendizado) e aprendo novas possibilidades. Todos os dias eu exercito a tolerância, o diálogo. Todos os dias eu dou mais um pequeno passo no caminho de uma militância mais ativa.
Mas isso é assunto para os outros dias do meme!
Parabéns, Blogueiras Feministas!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Último

Dia 20.
Último livro que li...
"A insustentável leveza do ser" - Milan Kundera

Havia assistido o filme, anos, décadas, uma vida inteira, atrás.
Cena do filme, com o lindo Daniel Day Lewis e Juliete Binoche
 Li - estou lendo - o livro.
Estou economizando nas páginas. Mas já estou nas últimas. E não quero que acabe. Mesmo já sabendo como vai acabar. Não quero me separar das páginas que poderiam ter feito minha vida diferente, hoje, se já as houvesse manuseado e digerido, antes.

Parece meio fútil, dizer que um livro poderia ter mudado minha vida.
Pode ser o momento em que o leio.
Pode ser a história que ele conta.

Não sei.

Sei que me sinto como Tereza, mas desejando ser Sabina.
Dói.
Ler "A Insustentável Leveza do Ser" dói.
Mas vale cada pontada, cada fisgada, cada lágrima derramada.
Não vou me arriscar a fazer uma análise. Não fiz em nenhum dos outros, não me sinto capaz de fazer nesse.
Esse é o último. Mas também é o primeiro.
Como tudo na vida.

Também estão participando (ou já terminaram):
A Tina Lopes, do Pergunte ao Pixel, a Lu, no Eu sou a Graúna, a Niara, do Pimenta com Limão,  a Rita, do Estrada Anil, a Marilia, do Mulher Alternativa, a Cláudia, do Nem tão óbvio assim, a Grazi, do Romanceando, a Mayara, do Mayroses, o Pádua Fernandes, do O palco e o mundo, e a Renata Lins, do Chopinho Feminino

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Inesperado

Day 18: A book no one would expect you to love 

Um livro que ninguém imaginaria que eu amasse?

Hum... já me disseram que acham que eu leio de tudo. E eu leio. Sou até meio avestruz, ou cabra, sei lá, algo que engole tudo sem digerir. 
Mas acho que um livro que ninguém imaginaria que eu gosto é a Biblía.
Sério. Eu adoro as histórias bizarras do Antigo Testamento. Ainda mais com a edição da Barsa, que tem várias imagens de pintores, de várias épocas, retratando cenas bíblicas. Sempre me intrigava, como é que o povo no deserto usava aquelas roupas renascentistas... só mais velha fui entender, né? 


Minha favorita é a da escrava Agar, seu filho Ismael, herdeiro do patriarca Abrão, antes dele virar Abraão e engravidar a velha Sarah, e aí nasceu Isaac, que quase foi morto em sacrifício, ao deus Jeová, esse sacana.
Sara entregando Agar para Abrão... Menage biblico? 
 Imaginem: 
Aí aparece o anjo para a velha Sara, a mesma que já tinha dado a sua escrava jovem para o marido fazer um filho... 
- Sara, vc vai engravidar.
- Ah, fala sério... to velha, Gabriel, a fonte já secou...
E o anjo:
- Sua incrédula! Vou te fulminar! Ops, não posso, esqueci que você vai ser mãe de um dos patriarcas e ele ainda não nasceu. Ok, to falando, o cara lá de cima, mandou avisar que vc vai ser MÃE, então não fica de mimim, tá bom?
-  Ok, ok...Não vou rir mais não, meu!
Aí nasce o menino.
E o pobre do Ismael é mandado embora, sem pensão. Sacana demais esse Abrão.
Abrão expulsando Agar e Ismael - Cadê a Maria da Penha, o MP, o Judiciário? Cadeia nesse velho, gente!
Aí, anos depois, o playboyzinho do Isaac babaca já crescidinho, vem o companheiro anjo, de novo, aquele sacana, e fala pro velho Abrão;
- Aí, velhinho, o cara mandou tu levar o moleque lá pra cima e deitar ele.
- Como assim,"deitar ele"?
- É, deitar, matar, sacrificar, oferecer em holocausto, como tu achar melhor, lá ligado?
- Mas por que? Meu filho, meu único filho! Oh, Senhor, não faça isso...
- O mané, tu tá desafiando o cara? Olha que ele te deita também, hein?
E vai o Abrão com o menino e uma faca lá pro monte.
-  Pai, pra que essa faca tão grande?
- É para enfiar no teu pescoço, filhinho.
- Epa, peraí, como assim?????
E aí, o velho já tinha colocado o moleque na pedra, porque, afinal, antes ele do que eu, pensava, provavelmente, e aí, pluft!
Abrão indo sacrificar Isaac - e o sacana do anjo, aparece "in extremis", em cima da hora, né? Adoro o timing bíblico...
Aparece o sacana do anjo, muito em cima da hora, e segura a faca, e fala:
- Era brincadeira, o cara lá em cima só queria testar sua lealdade, saca? Afinal, não podemos matar um dos patriarcas, dessa sua linhagem tão cegamente fiel virão milhares para matar e morrer em nome dele lá em cima, saca??


Pois é, a Biblia é cheia dessas pegadinhas... 
Por isso curto as histórias biblicas, especialmente as que fazem parte do Pentateuco. 
É tudo muito surreal... Anjos, testes, morte, sexo, incesto, vinho, apostas entre deus e o diabo, provações, salvação, blablabla...
E a Biblia é um clássico, gente!
Vejam quantas obras fantásticas foram inspiradas nela! 
Por isso eu gosto.
E aposto que vocês não imaginavam!!!

Day 19: Favorite nonfiction book


Aproveitando que estou embalada, vamos lá para o meu livro favorito de não-ficção.

Ex Libris, de Anne Fadiman



É um pequeno livro de ensaios, de uma autora estadunidense, e o subtítulo é "Confissões de uma leitora comum".

Comprei em 2002, e me inspirou muitas leituras, dos livro dos quais ela fala. 
São pequenos ensaios ou crônicas, sobre livros e leitores.

O primeiro fala de uma experiência marcante, e se chama: "Casando bibliotecas". 
Anne conta como ela e George, seu marido, depois de anos de casados e morando juntos, finalmente decidiram juntar as estantes, catalogar e organizar os livros, e doar os repetidos. Nossa, super definitivo, né?
E por aí vai. Dedicatórias de livros, um dos mais legais.
Erros de grafia.
Minha estante excêntrica. 
Ah, esse é um dos meus favoritos, e confesso que copiei alguns da estante de Anne, e comecei a ler sobre explorações polares, tema que depois derivou para livros sobre grandes escaladas, do Himalaia, do Aconcágua, do Annapurna, etc. Também alguns livros sobre estes temas estão entre meus favoritos de não ficção.

Quem esta participando deste desafio ou já acabou, se não conhece, recomendo muito!
É uma declaração de amor aos livros,  não só à literatura.
Leve, bem escrito, e com histórias ótimas. Vamos nos reconhecer em muitas delas!!
A parte sobre o sebo, eu me identifiquei total, e também quando ela conta que, na falta de absolutamente qualquer livro, pegou o manual de um carro para ler. Já passei por isso, e, confesso, o manual do carro é uma leitura fascinante... nem tanto,nem tanto, mas melhor que NADA. Já li também bulas de remédio e folhetos de testemunha de Jeová. Não recomendo!


Também estão participando (ou já terminaram): A Tina Lopes, do Pergunte ao Pixel, a Lu, no Eu sou a Graúna, a Niara, do Pimenta com Limão,  a Rita, do Estrada Anil, a Marilia, do Mulher Alternativa, a Cláudia, do Nem tão óbvio assim, a Grazi, do Romanceando, a Mayara, do Mayroses, o Pádua Fernandes, do O palco e o mundo, e a Renata Lins, do Chopinho Feminino

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Férias! Filmes! Prazeres proibidos!

O desafio de escrever sobre trinta livros em um mês eu já perdi.
Não tenho conseguido escrever todos os dias, e ainda estou na metade, mais de um mês depois de haver começado.
Acho que preciso de férias.
Férias lembra cinema.
E lembra prazeres "culpados".
Então, para me redimir desse período sem escrever, aproveito hoje para contar o meu livro de férias, meu livro favorito que virou filme e meu livro "pecado capital".

Férias, férias.
Férias na minha pré-adolescência... passar o primeiro dia enfiada na biblioteca, escolhendo quais seriam minhas companhias no período.
Escolhia pelo volume, pelo número maior de páginas, para durar mais tempo.
Nessa época eu li Tom Clancy e seus livros de espionagem, todos eles tijolaços. Li também a série "A Bicicleta Azul", plágio tão tosco do querido "E o vento levou..." que só fui ler já com mais de vinte anos...

Tom Clancy e suas obras viraram filmes, dois deles com o eterno "Indiana Jones" Harrison Ford.
Mas não são meus favoritos que foram filmados.
E o vento levou talvez seja.
E falando de prazeres de férias, eu lembro de um prazer culpado: "Férias", da Marian Keyes, que não virou filme, para meu pesar, que quando li pela primeira vez, fiz a escalação mental e a Catherine Zeta Jones seria a Rachel perfeita. Já o Luke, o namorado super másculo e ao mesmo tempo sensível, e lindo, até hoje não consigo achar um ator (conhecido) que pudesse corresponder às minhas expectativas de como ele é perfeito...

Bem, está ai.
Curto e grosso, três posts em um:

Livro de férias:
grossos volumes, para me entreterem por mais tempo. E de leitura leve, que não me façam pensar muito (salvo quando eu quero pensar muito, mas ultimamente eu queria tirar o cérebro enquanto deixo o corpo ali, presente, fazendo certas coisas mecanicamente, ouvindo certas coisas sem me importar, lendo certas palavras sem me magoar e irritar). Servem obras de tribunal, de espionagem tipo Clancy ou Le Carré, ou Frederic Forsyth, servem romances tipo Rosamund Pilch (sério, são tijolos super descritivos, que narram como é o barrado da cortina da sala, já aviso) e servem "chick lit" tipo Marian Keyes.


Livro que virou filme:

E o vento levou - Margareth Mitchel (enquadra também na categoria livro de férias, pelo volume (são mais de mil páginas). O filme retratou muito bem a obra, e tem a sempre maravilhosa Vivien Leigh, e o macho alfa Clark Gable. Eu choro com Scarlet. Sempre. Assistir "E o vento levou..." também me lembra a infância, as férias, a programação da tv do período, que sempre passava o filme no final do ano, e meu esforço para ficar acordada e assistir (dublado) até o final. E agora me deu vontade de fazer uma maratona de clássicos, começando com o magnífico... já estou ouvindo a música e lembrando das falas... Vamos, Luciana Borboleta?

O senhor dos Anéis -  Tolkien
Volume + descrições detalhadas da neve (né, Mari Moscou?) + heróis magníficos, uma luta do bem contra o mal, vilões muito muito maus, cenas de batalhas e de redenção.  Ainda assito sempre que me dá na telha, e releio tanto o livro que alguns trechos eu sei de cor. Tipo a frase do Gandalf para o Frodo sobre o Gollum, no SdA.

Trilogia Millenium - Stieg Larsen
Estou me adiantando e correndo o risco de pagar mico, porque a versão estadunidense só sai em dezembro, mas com o Daniel Craig fazendo o Blomkvist, tem chances de ser bom (ou péssimo, mas vale a pena, pela história fantástica. Já escrevi sobre a trilogia aqui, no Blogueiras Feministas. Os filmes suecos são ótimos, mas a gente fica curiosa com a produção hollywoodiana. Bem, pelo menos, eu fico. Aguardemos e oremos para as deusas nórdicas e para as Valquírias...

Tempo de Matar - John Grisham
Estava esquecendo de um dos culpados por eu haver decidido fazer o curso de Direito... 
Outro que entra na categoria férias também.
E Tempo de Matar, que virou filme, com o Mathew McConaughey, Samuel L. Jackson, Donald Sutherland, Sandra Bullock. 

Cidade de Deus - Paulo Lins
Já escrevi sobre o livro, em outro post, mas ele vale entrar de novo, porque foi um dos filmes, junto com Central do Brasil, que me fez voltar a gostar de cinema nacional. Sim, eu já falei que sou bem óbvia. 

Livro prazer "culpado"

São tantos! Afinal, eu tenho formação católica, e tomei "culpa" na mamadeira. 

Puxa, poderia começar com os que eram culpados porque eram lidos escondidos, subtraídos dos fundos da estante de minha tia. Judith Krantz, Sidney Sheldon, Harold Robbins. Tinham cenas de sexo, e uma adolescente de treze anos ler isso, bem, imaginem. Isso aí. 
Depois, descobri os romances de banca, que saciaram minha sede inesgotável por leitura e ainda rolava umas cenas quentes. E ainda eram recriminados, como literatura de segunda, então, citando uma música aí: "escondido é bem melhor, perigoso é divertido". E eu gastava a mesada com as revistinhas romance + softporn.

Fase adulta? De novo ela, Marian Keyes, e outras do elenco. Culpado porque são livros com histórias bobinhas, mesmo quando revestem temas sérios, como dependência química, alcoolismo, morte, separação, filhos, etc, etc, etc. A gente sabe que vai ter final feliz, e me sinto culpada por que na vida real, nem sempre tem final feliz. Mas azar, estou também aprendendo, na metade dos trinta, que a culpa é um peso que não preciso carregar, sabem?

Harry Potter, que ainda me sinto um pouquinho culpada por amar loucamente, já que é vendido por aí como livro de criança. Já falei em algum lugar também que além de óbvia, sou de Câncer, e super conectada com o passado. Então, acho que minha criança interior vive bem na superfície. E também, depois dos trinta, conheci tanta gente "adulta e respeitável" que curte os bruxinhos, que mandei culpa (quase) toda para as cucuias!


Chega.
Falei que seria curto e grosso, mas não consigo escrever pouco.
Defeito grave, mal crônico.

Mas, afinal, foram três pelo preço (custo?) de um.

Também estão brincando (ou já brincaram, né...) 
A linda da Tina Lopes, do Pergunte ao Pixel, que começou primeiro e eu segui
A gostosa da Luciana Nepomuceno, que inventou e divulgou esse lance, no Eu sou a Graúna
A querida Niara, do Pimenta com Limão
A gatíssima Cláudia, do Nem tão óbvio assim
A fofa da Rita, do Estrada Anil
A minha xará, Renata Lins, do Chopinho Feminino
A Mari Moscou, do Mulher Alternativa
A Grazi, do Livros e Opiniões
A Mayara, do Mayroses
E acho que estou esquecendo alguém...
Ah, sim, puta responsa linkar aqui, mas o Pádua Fernandes, dO palco e o mundo


Chopinho Feminino