O desafio de escrever sobre trinta livros em um mês eu já perdi.
Não tenho conseguido escrever todos os dias, e ainda estou na metade, mais de um mês depois de haver começado.
Acho que preciso de férias.
Férias lembra cinema.
E lembra prazeres "culpados".
Então, para me redimir desse período sem escrever, aproveito hoje para contar o meu livro de férias, meu livro favorito que virou filme e meu livro "pecado capital".
Férias, férias.
Férias na minha pré-adolescência... passar o primeiro dia enfiada na biblioteca, escolhendo quais seriam minhas companhias no período.
Escolhia pelo volume, pelo número maior de páginas, para durar mais tempo.
Nessa época eu li Tom Clancy e seus livros de espionagem, todos eles tijolaços. Li também a série "A Bicicleta Azul", plágio tão tosco do querido "E o vento levou..." que só fui ler já com mais de vinte anos...
Tom Clancy e suas obras viraram filmes, dois deles com o eterno "Indiana Jones" Harrison Ford.
Mas não são meus favoritos que foram filmados.
E o vento levou talvez seja.
E falando de prazeres de férias, eu lembro de um prazer culpado: "Férias", da Marian Keyes, que não virou filme, para meu pesar, que quando li pela primeira vez, fiz a escalação mental e a Catherine Zeta Jones seria a Rachel perfeita. Já o Luke, o namorado super másculo e ao mesmo tempo sensível, e lindo, até hoje não consigo achar um ator (conhecido) que pudesse corresponder às minhas expectativas de como ele é perfeito...
Bem, está ai.
Curto e grosso, três posts em um:
Livro de férias:
grossos volumes, para me entreterem por mais tempo. E de leitura leve, que não me façam pensar muito (salvo quando eu quero pensar muito, mas ultimamente eu queria tirar o cérebro enquanto deixo o corpo ali, presente, fazendo certas coisas mecanicamente, ouvindo certas coisas sem me importar, lendo certas palavras sem me magoar e irritar). Servem obras de tribunal, de espionagem tipo Clancy ou Le Carré, ou Frederic Forsyth, servem romances tipo Rosamund Pilch (sério, são tijolos super descritivos, que narram como é o barrado da cortina da sala, já aviso) e servem "chick lit" tipo Marian Keyes.
Livro que virou filme:
E o vento levou - Margareth Mitchel (enquadra também na categoria livro de férias, pelo volume (são mais de mil páginas). O filme retratou muito bem a obra, e tem a sempre maravilhosa Vivien Leigh, e o macho alfa Clark Gable. Eu choro com Scarlet. Sempre. Assistir "E o vento levou..." também me lembra a infância, as férias, a programação da tv do período, que sempre passava o filme no final do ano, e meu esforço para ficar acordada e assistir (dublado) até o final. E agora me deu vontade de fazer uma maratona de clássicos, começando com o magnífico... já estou ouvindo a música e lembrando das falas... Vamos, Luciana Borboleta?
O senhor dos Anéis - Tolkien
Volume + descrições detalhadas da neve (né, Mari Moscou?) + heróis magníficos, uma luta do bem contra o mal, vilões muito muito maus, cenas de batalhas e de redenção. Ainda assito sempre que me dá na telha, e releio tanto o livro que alguns trechos eu sei de cor. Tipo a frase do Gandalf para o Frodo sobre o Gollum, no SdA.
Trilogia Millenium - Stieg Larsen
Estou me adiantando e correndo o risco de pagar mico, porque a versão estadunidense só sai em dezembro, mas com o Daniel Craig fazendo o Blomkvist, tem chances de ser bom (ou péssimo, mas vale a pena, pela história fantástica. Já escrevi sobre a trilogia aqui, no Blogueiras Feministas. Os filmes suecos são ótimos, mas a gente fica curiosa com a produção hollywoodiana. Bem, pelo menos, eu fico. Aguardemos e oremos para as deusas nórdicas e para as Valquírias...
Tempo de Matar - John Grisham
Estava esquecendo de um dos culpados por eu haver decidido fazer o curso de Direito...
Outro que entra na categoria férias também.
E Tempo de Matar, que virou filme, com o Mathew McConaughey, Samuel L. Jackson, Donald Sutherland, Sandra Bullock.
Cidade de Deus - Paulo Lins
Já escrevi sobre o livro, em outro post, mas ele vale entrar de novo, porque foi um dos filmes, junto com Central do Brasil, que me fez voltar a gostar de cinema nacional. Sim, eu já falei que sou bem óbvia.
Livro prazer "culpado"
São tantos! Afinal, eu tenho formação católica, e tomei "culpa" na mamadeira.
Puxa, poderia começar com os que eram culpados porque eram lidos escondidos, subtraídos dos fundos da estante de minha tia. Judith Krantz, Sidney Sheldon, Harold Robbins. Tinham cenas de sexo, e uma adolescente de treze anos ler isso, bem, imaginem. Isso aí.
Depois, descobri os romances de banca, que saciaram minha sede inesgotável por leitura e ainda rolava umas cenas quentes. E ainda eram recriminados, como literatura de segunda, então, citando uma música aí: "escondido é bem melhor, perigoso é divertido". E eu gastava a mesada com as revistinhas romance + softporn.
Fase adulta? De novo ela, Marian Keyes, e outras do elenco. Culpado porque são livros com histórias bobinhas, mesmo quando revestem temas sérios, como dependência química, alcoolismo, morte, separação, filhos, etc, etc, etc. A gente sabe que vai ter final feliz, e me sinto culpada por que na vida real, nem sempre tem final feliz. Mas azar, estou também aprendendo, na metade dos trinta, que a culpa é um peso que não preciso carregar, sabem?
Harry Potter, que ainda me sinto um pouquinho culpada por amar loucamente, já que é vendido por aí como livro de criança. Já falei em algum lugar também que além de óbvia, sou de Câncer, e super conectada com o passado. Então, acho que minha criança interior vive bem na superfície. E também, depois dos trinta, conheci tanta gente "adulta e respeitável" que curte os bruxinhos, que mandei culpa (quase) toda para as cucuias!
Chega.
Falei que seria curto e grosso, mas não consigo escrever pouco.
Defeito grave, mal crônico.
Mas, afinal, foram três pelo preço (custo?) de um.
Também estão brincando (ou já brincaram, né...)
A linda da Tina Lopes, do Pergunte ao Pixel, que começou primeiro e eu segui
A gostosa da Luciana Nepomuceno, que inventou e divulgou esse lance, no Eu sou a Graúna
A querida Niara, do Pimenta com Limão
A gatíssima Cláudia, do Nem tão óbvio assim
A fofa da Rita, do Estrada Anil
A minha xará, Renata Lins, do Chopinho Feminino
A Mari Moscou, do Mulher Alternativa
A Grazi, do Livros e Opiniões
A Mayara, do Mayroses
E acho que estou esquecendo alguém...
Ah, sim, puta responsa linkar aqui, mas o Pádua Fernandes, dO palco e o mundo
Grisham é tudo de bom. Melhor que ele só Scott Turow, já leu? Marian Keyes eu acho que não rola pra mim não. E olha que eu até curto um bet seller bobinho. Mas é o discurso auto-ajuda disfarçado que me trava um tanto.
ResponderExcluirE O Vento Levou, a perfeição.
Lista de livro de respeito! Tenho medo de Hollywood com Millenium, eles são caretas e gostam de fim redentor e feliz. Personagem sem empatia com ninguém e lésbica... medo de Hollywood.
ResponderExcluirbjs
Jussara