sábado, 1 de julho de 2017

Levain - ou não me chamo Renata

Talvez em algum tempo eu venha a postar como "Ermengarda" ou "Lavínia".
Hoje misturei a farinha e o fermento para minha terceira tentativa de fazer meu fermento caseiro - ou levain, pra ficar mais chic.
Vi os videos do Pão Nosso no canal do Youtube na licença maternidade, em dezembro do ano passado, enquanto minha mãe me ajudava a passar as roupinhas da neném que estava prevista para 11 de dezembro mas só deu as caras no dia 27. Capricorniana, humpf.

Puerpério, volta ao trabalho, férias. Um ano depois e nada de fazer meu pão de fermentação natural.

Comecei em março de 2017, o bicho nem vingou.

Fiz de novo em maio, vingou mas na hora de refrescar, perdi a janela, sei lá, farinha vencida, matei o bichinho.

Hoje começo novamente.

Está na tigela, enroladinho no pano de prato, aninhado como um bebê bactéria.


Segundo o livro do Luiz Américo Camargo (sim, óbvio que eu comprei, não me conhecem?) agora eu devo esperar 48 horas, mexendo duas ou três vezes ao dia, e observando se surgem as bolhinhas e o cheiro forte e agridoce.

Enquanto a menina dorme, e o pai saiu para tocar bateria, eu resolvi "refrescar" este blog empoeirado.

Até segunda, beijo na bunda!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Família


O tema da terceira semana de gratidão é a família.
Família, com F em maiúscula.
Papai, mamãe, titia.

Neste fim de semana fui para a roça do meu pai.
Eu, marido, filha.
E lá estavam uma de minhas tias e um dos netos dela, o Pedrinho.

Geração que se renova, e que não vai crescer junto, como crescemos eu e minhas primas, pois o tempo muda, tudo muda, hoje temos tablets e não podemos deixar as crianças soltas na rua, durante as festas de aniversário feitas em casa, com bolo e guaraná.

Eu queria minha família mais perto, minhas irmãs, meu irmão. As configurações da vida moderna nem sempre permitem, é correria, compromissos, agendas cheias, a distância.

Quando adolescente, fui meio insuportável, hoje eu vejo. A fissura de crescer e me afastar, não depender.
Ainda bem que a maturidade chegou e ainda tenho pai, mãe, irmãos, sobrinhos, primos, tias e tios.

Rezo para Deus conceder vida e saúde a meus pais, para que minha filha possa usufruir de avós por muito tempo, criar as memórias afetivas que eu tenho. E para que meus pais possam ser avós por muito tempo.



quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Agradecer o amor


Quando a gente se beijou, eu senti aqueles choques deliciosos de quando a pele tem química e a gente sente a presença.
Quatro anos depois, ainda sinto aquele mesmo choque quando a gente se beija.
Quatro anos, uma filha, duas gatas, três cachorras.
Agradeço por ter você na minha vida, meu amor.

Desafio das 52 semanas de gratidão







Começando o ano, e prosseguindo nas tentativas de me tornar uma pessoa organizada ou ao menos menos avuada, eu sigo tentando fazer o bullet journal.
Mesmo não conseguindo sempre, tem me ajudado bastante no dia a dia.
E no Pinterest tem tantas idéias bacanas que mesmo quando eu não faço tudo que eles sugerem, tenho a sensação de que estou mais clean e organizada hahahah
Hoje eu vi este desafio, de 52 semanas de gratidão.
Já estamos na segunda semana do ano, então vou fazer a introdução, assumindo o compromisso de escrever toda semana a partir de hoje, e já já posto da segunda semana.
Motivos para agradecer a gente sempre tem.
E quanto mais a gente agradece mais energia boa vem.
Estamos precisando MUITO de boas energias este ano.
Então vem!



quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Fantasmas


Estou dando um tempo do Facebook.
Desinstalei do smartphone, só tenho no tablet, que só conecta via wifi, e eventualmente nos pc's.
Continuo na rede, mas a rede não é mais a mesma.
Daí fui para o Instagram, onde ao menos era para ser um Pinterest com figuras bacanas.
E ontem postaram "golpe onde a vítima toma cafezinho com os algozes".
E falando sobre "e você aí perdendo amizades" enquanto eles riem e confabulam.

A Luciana escreveu:
 
"A ausência promovida pelo eventual impeachment nos convoca. Será preciso reconstruir a partir dos escombros. Não se trata apenas de identificar as marcas do passado violento nas estruturas do presente, como na Dama Dourada. Nem se trata de saber o lugar dos nossos fantasmas na recomposição da vida, como em Les Revenants. Será necessário enfrentar o vazio. Resistir enquanto a devastação opera. Não sei se estamos prontos. Mas sei que não nos resta escolha. "

 Acho que não perdi amigos. Apenas descobri o lugar de alguns fantasmas.
Eram fantasmas queridos, alguns.
E estou lidando com o luto.

Não tenho falado, e isso é estranho.
Talvez seja uma nova forma de me preparar para o inevitável.
Não sinto que estou pronta. Não queria.

Os fantasmas não são monstros. 
Apenas pensam diferente.
Só que enquanto eu apenas os afasto, com o poder dos botões das redes sociais, eles querem me aniquilar, ou ao menos, tudo em que eu acredito.

Não temos escolha, mas é preciso escolher.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Texto, textinho, textão

Eu entrei tarde na blogosfera.
Conhecia alguns blogs como o Mothern, porque acho que saiu em uma revista, e outros, mas não me aprofundada.
Tinha Orkut e eu estudava para concurso e a internet era discada.
Em 2008 fiz uma pós graduação e a professora de Metodologia foi a Cynthia  Semíramis, a quem achei no Orkut e vi que tinha um link e um blog e daí as indicações e o Luluzinha Camp.
E a Lola Escreva.
E no concurso de blogueiros feministas da Lola, em 2010, euzinha conheci um monte de gente bacana.
Veio a era do Twitter e agora o Facebook.
Blogueiras Feministas e Biscate Social Clube.
Pausa nos blogs.
Ate a Tina Lopes nos chamar, psiu, que tal retomar os blogs e fugir do algoritmo facebosuiano?

Nesses dias em que eu sinto que não estou me fazendo entender, vai ser um alívio voltar a fazer textão. E textinho.

E foi lançada hoje a Central do Textão. 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Tirando a poeira com o novo meme dos livros!

Cof cof cof!
Mais de dois anos sem escrever aqui, sem nem passar por aqui, quase.
E eis que estou de volta, para participar do desafio dos dez livros, provocado pela querida Luciana do Borboletas nos Olhos, e topado por outras queridas.
Revival dos 30 livros em um mês, só que encurtado.
O desafio é:


  1. Um livro que é um abraço
  2. Um livro que devia ser filme
  3. Um livro que é um soco no estômago
  4. Um livro que você indicaria pra um novo amigo
  5. Um livro que te trouxe um olhar novo sobre a vida
  6. Um livro que você levou até o final só de teimosia
  7. Um livro que mais te ensinou sobre sexo
  8. Um livro que faz viajar
  9. Um livro pra levar pra praia
  10. E pra terminar, um livro que é um amante...

Um livro que é um abraço.

Em mais de dois anos sem escrever (aqui), muita coisa mudou.
Eu, mudei de casa de novo. Cumpri o dito: casei, mudei, sumi.
E para ficar o combo, engravidei.
Estou aqui, com 30 semanas de gravidez, aprendendo que na verdade a gente fica barriguda por praticamente 10 meses, e não 9, como crê o vão senso comum.
O universo das gestantes é as vezes um universo paralelo.
Um vocabulário desconhecido, a ser aprendido antes mesmo de se preocupar com o choros, as fraldas, as mamadas. Parto. Normal ou cesárea? Humanizado? Em casa? Doula? Hã???
Amamentar. Lógico, claro, mas e se algo der "errado"?
LD ou não? Que p...a é LD??????
Print de placenta?????
Gente, sério, para. To ficando tonta.

E sendo mãe aos 39, praticamente a última da família em idade fértil a engravidar, bem informada e bem orientada, ainda assim muitas vezes eu só sentia uma angústia enorme, uma eterna TPM, uma vontade de chorar alternada com ondas de raiva e impaciência com tudo e todos ao meu redor, a preocupação com o andamento da gravidez, com o desenvolvimento do feto, isso tudo. Tá, eu sei, são hormônios.

Dai, no 07 de setembro, eu de plantão, comentava no Facebook sobre algumas questões de gravidez, e a Rê Lins, muito fofa, nem fez jabá na postagem, foi lá no inbox e cochichou que talvez eu gostasse de ler um livro escrito pela irmã dela.

E eu procurei na Amazon, e achei. Maravilha das maravilhas, esse kindle.
Li em poucas horas, ri e chorei com a Ju (tô íntima, né?)
"Sinceramente Grávida", da Juliana Lins.

Leve e gostoso de ler, não é um livro de conselhos nem de dicas, é um livro que conta experiências, que divide o que aconteceu com ela. Não panfleta, não "maternaliza" as grávidas - até porque é uma experiência de uma grávida, o que ela conta!

No meio do turbilhão de emoções da gravidez, eu me senti acolhida pelo livro, pela Juliana, pela conversa leve e franca.

Relacionamentos, família, sexo, tudo isso sem apelar para o humor fácil - tem alguns livros de grávidas que são assim, né, só focam nos enjoos e nas estrias, ha-ha-ha, como são engraçados #sqn

Li e me senti abraçada numa rodinha de chopinho feminino (uma boa ideia, aliás, para qualquer época!)



Sinceramente Grávida / Autora: Juliana Lins / Editora Zahar

Participam do desafio a Lu, claro, do Borboletas, a Niara, do Pimenta com Limão, a Tina, do Pergunte ao Pixel, a Rita, do Estrada Anil e a Rê Lins, do Chopinho Feminino, e por acaso, irmã da Juliana, autora do meu livro-abraço!