quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Último

Dia 20.
Último livro que li...
"A insustentável leveza do ser" - Milan Kundera

Havia assistido o filme, anos, décadas, uma vida inteira, atrás.
Cena do filme, com o lindo Daniel Day Lewis e Juliete Binoche
 Li - estou lendo - o livro.
Estou economizando nas páginas. Mas já estou nas últimas. E não quero que acabe. Mesmo já sabendo como vai acabar. Não quero me separar das páginas que poderiam ter feito minha vida diferente, hoje, se já as houvesse manuseado e digerido, antes.

Parece meio fútil, dizer que um livro poderia ter mudado minha vida.
Pode ser o momento em que o leio.
Pode ser a história que ele conta.

Não sei.

Sei que me sinto como Tereza, mas desejando ser Sabina.
Dói.
Ler "A Insustentável Leveza do Ser" dói.
Mas vale cada pontada, cada fisgada, cada lágrima derramada.
Não vou me arriscar a fazer uma análise. Não fiz em nenhum dos outros, não me sinto capaz de fazer nesse.
Esse é o último. Mas também é o primeiro.
Como tudo na vida.

Também estão participando (ou já terminaram):
A Tina Lopes, do Pergunte ao Pixel, a Lu, no Eu sou a Graúna, a Niara, do Pimenta com Limão,  a Rita, do Estrada Anil, a Marilia, do Mulher Alternativa, a Cláudia, do Nem tão óbvio assim, a Grazi, do Romanceando, a Mayara, do Mayroses, o Pádua Fernandes, do O palco e o mundo, e a Renata Lins, do Chopinho Feminino

2 comentários:

  1. Se, se, se..eu diria: O livro. Esse. Porque ele diz: as metáforas são perigosas. E eu sempre soube que sim, mas insisto. Nunca terminei de ler esse livro, mesmo tendo percorrido todas as páginas, da primeira à última, várias vezes. Estou escrevendo um post assim: os melhores livros não tem as melhores histórias, mas os melhores personagens. Os personagens dos quais sentimos saudades, dos quais queremos saber mais: o que lhes aconteceu na infância, que core preferem, como bebem seu café.
    Sinto saudade de Tomas, de Sabina, de Teresa. E de você, sinto saudade de você, baby.

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  2. Li o livro, há tanto tanto tempo. Antes de ver o filme (de que gostei mais ou menos: achei que os personagens combinavam muito com o que eu tinha imaginado, mas o filme não "rende" como o livro). Foi o primeiro do Kundera que li. E, sim, os personagens são uma delícia, e eu também me sinto Teresa, quero ser Sabina. Ah, Sabina. Maravilhosa e inatingível. Deu vontade de ler de novo. E Tomás, que terá para sempre a cara do Daniel Day-Lewis. Tão lindo, com marcas na alma que se vêem no rosto.

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